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Nosso Rito

Se considerarmos o homem como uma entidade espiritual que perdeu progressivamente a consciência de si mesmo, envolvendo-se cada vez mais na matéria, também podemos imaginar o iniciado como uma consciência desalinhada e decomposta, em crise de identidade.

 

Normalmente associamos esta condição ao mito de Osíris (Ísis para o Rito Feminino) caída, presa, morta e depois fragmentada em 14 pedaços. Para renascer, ele precisa, de fato, ser remontado.

 

Aqui também se revela a figura de Ísis (Aset) a viúva da Maçonaria Egípcia (mas também a senhora de tudo o que mágica e alquimicamente se consolida no simbolismo do Trono), que recolhe os pedaços, remonta-os, devolvendo-lhes vida através uma ação que requer o Ritual de Sacrifício.

Desta forma podemos também começar a compreender a extraordinária importância de um caminho paralelo, exclusivamente para mulheres e, portanto, porque parte da nossa estrutura inclui um caminho distinto do masculino, mas de igual valor. Ambas as partes, através dos seus respectivos rituais, constituem o “corpus” completo do nosso caminho.

Mantendo-nos nestas referências simbólicas, podemos compreender que o Homem, embora ressuscitado, não está completo. Na verdade, embora reconstituído, ainda está “caído” e não pode gerar. Sua masculinidade espiritual é quase completamente anulada. Ele permanece colocado na cruz horizontal, ainda incapaz de girar em direção ao eixo vertical. Para isso, ele precisa de mais purificações, meditações, ritos sacrificiais adequados, que possam restaurar sua virilidade espiritual perdida.

Regenerar o estado de ser, redescobrir o próprio centro espiritual, é o que procuramos alcançar, aplicando os ensinamentos que podem ser extraídos das diferentes câmaras rituais.

É uma luta a ser enfrentada, inicialmente nas trevas da falta de consciência e de consciência, contra a personalidade egocêntrica, contra uma mentalidade condicionada por paixões ardentes.

 

É necessário aliar o desejo inicial a uma forma de vontade particular, voltada à busca da dimensão divina que está dentro de nós, e da qual fazemos parte; portanto, também uma redescoberta da sacralidade da própria vida e de tudo o que nos rodeia, eliminando progressivamente qualquer outra distração desta pesquisa.

 

É preciso querer realmente aplicar e se preparar, para que o conhecimento se revele espontaneamente. A preparação para tal evento é cultivada com determinação, amor e sacrifício.

 

Esta preparação, absolutamente íntima e pessoal, deverá poder formar, pouco a pouco, uma mentalidade que terá como consequência contemporânea a transmutação da personalidade material e caótica numa personalidade ritmicamente ordenada; então, conseguindo evitar ainda possíveis quedas, será possível tentar uma progressão lenta e contínua em direção à Luz.

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